Ao jogar com Macri, Temer busca se fortalecer no futuro
KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA
O presidente interino, Michel Temer, faz um movimento de aproximação com a Argentina para se fortalecer no futuro se for confirmado no cargo. Esse é o contexto do apoio brasileiro ao veto argentino à Venezuela no comando rotativo do Mercosul.
Temer quer priorizar as relações com Maurício Macri, adversário do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A administração Dilma tinha críticas a Maduro, mas queria fazer um acordo político para deixar a Venezuela assumir a presidência rotativa do bloco.
O governo Temer preferiu alegar que a Venezuela não cumpriu cláusulas democráticas do Mercosul e impedir a posse do país vizinho no comando do bloco. É uma questão de afinidade política com Macri, num agrado estratégico de Temer a fim de rebater críticas de outros governantes da América do Sul se virar presidente do Brasil em definitivo.
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Ganhar tempo
É baixa a chance de o Supremo Tribunal Federal aceitar um recurso do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha a fim de atrasar a votação do processo de cassação. O STF tem evitado interferir nessa questão legislativa.
Além de ser um direito de Cunha recorrer, ele recorrer a mais uma manobra para tentar ganhar tempo. Cunha luta para que a sua cassação seja votada depois de ser apreciado o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff. Essa votação está prevista para começar no Senado no dia 25 de agosto.
Cunha pressiona o governo Temer e deputados a deixar seu caso para depois da votação do impeachment. Ele avalia que teria mais chance de escapar da cassação, estimulando ausências e ameaçando revelar segredos incômodos. Também argumentaria que outros parlamentares respondem a processos no âmbito da Lava Jato e que ele deveria receber punição menor a fim de manter o foro no Supremo.
Se a votação acontecer antes da decisão sobre o impeachment de Dilma, é maior a chance de cassação. Mas a situação dele não é fácil, mesmo que essa questão fique para depois da votação sobre o destino de Dilma.
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E alguem com inteligência e bom senso, acredita que a Venezuela tem condiçoes de assumir a presidência do Mercosul?
Independente de alianças ou querer agradar a alguem, dar a liderança ao regime chavista é entregar um poder a um bando de criminosos que estão matando sua população de fome e ainda tem a desfaçatez de culpar os outros por seus delitos.
O Brasil tem sim que condenar o regime liderado por Maduro e isolar-se com quem agrega e não com quem quer ver o circo pegar fogo, para roubar e sómente para roubar.
Em relação a Cunha, é óbvio que o STF não dará guarida a seu pedido e o ex-deputado está usando o famoso “jus esperneandi”, muito conhecido termo (irônico) no meio juridico que indica que alguem não tendo mais como se defender, grita e se manifesta, sómente para tentar mostrar os ultimos sinais de vida. É um canto do cisne!
Exatamente caro Mauro, já esta tudo desenhado…no caso do Mercosul, terão que reformular, e o Brasil deve se impor; quem sabe, ao lado da Argentina; quem realmente liga para a Venezuela; somente os comunistas, que já estão partindo..fizeram muito bem, de não entregar a este ditador maduro, qualquer oportunidade de opinar…trata-se de um safado incompetente,que serve como espelho aos Países que acreditaram nesta corja.Tomará que seja execrado e quem sabe linchado…
Quanto ao Cunha, concorda plenamente, o Supremo não lhe deve nada; por LEI, trata se de mais um oportunista, que quer mudar as regras do jogo a seu favor; lá não tem coragem de ameaçar.
É de uma cara de pau tão grande a petulância do Sr. Maduro e sua patota que fico até admirado. É evidente que a Venezuela não tem as mínimas condições de assumir absolutamente nenhum cargo no Mercosul se quer fazer parte do mesmo é questionável, ainda bem agora temos uma sombra de governo neste país. Sobre Cunha bom esse é mestre da manobra, mas acho que suas cartas estão acabando, vamos ver se morre atirando, e se o fizer teremos objeto pra Lava Jato2.
Venezuela democrática????!!!???!!!Fala sééééério.
Nem nós estaremos capacitados a assumir a presidência do bloco quando chegar a vez do Brasil… Houve um atentado a democracia…