Estopim curto não é bom conselheiro para ministro da Economia
Kennedy Alencar
BRASÍLIA
Estopim curto não é bom conselheiro para ninguém, sobretudo para um ministro de Estado. Paulo Guedes (Economia) voltou a perder a cabeça de novo em audiência no Congresso. Tá virando tradição.
Guedes se considerou ofendido por um questionamento do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) sobre suas finanças pessoais. Uma autoridade pública tem menos direito à privacidade do que o cidadão comum.
Um ministro da Economia tem de estar preparado para enfrentar perguntas e provocações no Congresso. Guedes estava na Comissão Mista de Orçamento para falar das contas públicas de 2020.
O que é mais importante para o Brasil? Falar do Orçamento do ano que vem ou sair da comissão chateado com um questionamento? Embates são naturais no Congresso. Guedes já deveria ter aprendido essa lição. Se não aprendeu, é ruim para ele, para a economia e para o país.
Ouça o comentário a partir dos 9 minutos e 35 segundos no áudio abaixo:
Kennedy, fica difícil enfrentar parlamentares mal intencionados; todos precisam ter bom senso sempre; adiaram novamente a votação da previdência por retaliação, com manobras heterodoxas, demonstram total desrespeito a População, para votar penduricalhos…o cidadão se dispõe com a maior boa vontade, comparecer a câmara para tratar de programas e ajustes, vem um deputado debochado atacar o ministro…não há precedentes anteriores, que abonem a mau educação deste parlamentar; tentar desconstruir a imagem do ministro com acusações infundadas…concordo contigo caro, quando as perguntas são inerentes a políticas adotadas, podem criticar a vontade; caso o SR Guedes estivesse processado, já que seu caso não tem qualquer violação explicita, não pode um parlamentar criar situações fictícias, por isso o Glauber Braga do PSOL, saiu correndo, o ministro deixou claro em que instância iria conversar deste assunto com ele…