Frida Kahlo: Conexões entre mulheres surrealistas no México
Daniela Martins
BRASÍLIA
Alice, Bona, Bridget, Cordelia, Jacqueline, Kati, Leonora, Lola, Lucienne, María, Olga, Remedios, Rosa, Sylvia e Frida. Mulheres que, no México da primeira metade do século XX, compartilharam a arte como vetor de libertação e de potência. Todas vinculadas de algum modo à estética do surrealismo, todas orbitando a figura icônica e de força inquestionável de Frida Kahlo.
Uma seleção das obras desse grupo de artistas é o que mostra a exposição “Frida Kahlo: Conexões entre mulheres surrealistas no México”, atualmente em cartaz na Caixa Cultural Brasília depois de ter passado por São Paulo e Rio de Janeiro.
Algumas de origem mexicana, como a própria Frida. Outras fugindo da Guerra que varria a Europa ou apenas em visita temporária. Elas se encontraram e partilharam a visão de uma arte que questionava o papel da mulher na sociedade, a sexualidade, o casamento, o corpo, a família, as influências culturais. Tudo isso através da linguagem livre e onírica permitida pelo surrealismo.
Que não se espere, por se tratar de mulheres e de sonhos, pinturas suaves e delicadas. As personagens que emergem dos autorretratos são personalidades fortes, assim como os traços e as cores que marcam seus contornos. Outras obras revelam imagens de um inconsciente inquietante, pulsante, distante de qualquer submissão.
Estão expostas, ao todo, 136 obras, entre pinturas, esculturas e fotografias, documentos, registros fotográficos, trajes típicos, catálogos e reportagens. Especificamente de Frida Kahlo, são 30 trabalhos. Não é pouco, visto que a artista pintou apenas 143 telas durante toda a sua vida.
A figura de Frida Kahlo exerce fascínio. Nascida em Coyoacán, no México, em 1907, ela vestia trajes das culturas mexicanas indígenas, fumava, debatia livremente sobre arte, política e sociedade. Seus quadros, gravuras e desenhos expressam esse ímpeto. Tratou abertamente em sua obra da dor e das limitações causadas por seu problema físico, de aborto, da paixão por Diego Rivera. Faleceu em 1954.
Frida não escondia quem era, o que sentia e pensava. Não escondia sua originalidade. Talvez por isso, mesmo sendo classificada como uma artista surrealista, tenha afirmado que nunca pintou sonhos, só a sua própria realidade.
A exposição ficará em Brasília até o dia 5 de junho. As visitas são gratuitas e devem ser agendadas através do site frida.ingresse.com. Para mais informações, acesse o site da Caixa Cultural.
Frida Kahlo / Autorretrato com trança, 1941 / Óleo sobre tela / The Vergel Foundation
Imagem da home: Frida Kahlo / Autorretrato com macacos, 1943 / Óleo sobre tela / The Vergel Foundation
Frida foi uma grande artista, obras excepcionais mesmo!
Olá, Kennedy. Sou também jornalista e fã do seu trabalho. Gostaria que você falasse sobre os predicativos que levaram um político experiente, como Lula, ter errado de forma tão expressiva na escolha de Dilma para sucedê-lo. Queem eram os outros nomes na época? Jaques Wagner teria sido uma escolha mais sensata? Penso sempre que ele agiu como o craque (vaidoso) do time que ganhava tudo, graças a seu artilheiro. Na grande decisão – a escolha do sucessor – ele decidiu inventar. Na marca do penalti, em vez de chutar no canto – escolher um nome com experiência no executivo e em negociações (seria Wagner, esse nome?) ele preferiu a velha cavadinha (Dilma, era a jogada de craque, de efeito). O resultado, todos estão vendo. Faz sentido?
Essa exposição está linda, e realmente vale a visita!