Indicação de Ivan Monteiro busca segurar preço da ação
KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA
Ivan Monteiro tende a ser mais do que um presidente interino da Petrobras. Deve ser o nome que ficará porque é uma tentativa do presidente Michel Temer e do Conselho de Administração da estatal de segurar o preço da ação, indicando alguém benquisto pelo mercado financeiro.
Ou seja, seria uma forma de tentar mostrar aos investidores nacionais e internacionais que a gestão da Petrobras continuará mais para Pedro Parente do que para Maria das Graças Foster. Ex-diretor do Banco do Brasil, Ivan Monteiro já estava na Petrobras antes da chegada de Parente e tem experiência no serviço público. Ele é diretor financeiro da companhia.
Parente, aliás, está saindo porque a política de preços está mudando. O governo já pretende fazer reajustes mensais para o diesel e enfrenta forte pressão política para adotar fórmula semelhante para a gasolina e o gás de cozinha.
Deverá haver uma calibragem na política de preços da estatal, colocando o consumidor na equação. A liberdade total, com variações diárias atreladas à cotação do dólar e ao preço do barril de petróleo, tende a acabar. Há apoio político no governo e técnico em setores da sociedade para que esse caminho seja adotado.
Não haverá um volta aos tempos de Dilma, com uma completa interferência no preço, mas a adoção de uma política que preserve o retorno do acionista, com uma gestão mais profissional. A tendência é que se leve mais em conta o consumidor ao fixar um preço tão importante para a economia.
Quando Parente aceitou o convite para presidir a companhia, ele negociou liberdade total com Temer. O desafio de Ivan Monteiro será combinar o desejo de um governo que está enfraquecido com as expectativas de um mercado que teme a volta da ingerência na estatal.
Adendo: ontem à noite, Temer confirmou a indicação definitiva de Ivan Monteiro para o cargo. Falta a formalidade de aprovação pelo Conselho de Administração da Petrobras.
Ouça o comentário feito no “Jornal da CBN – 2ª Edição” de sexta:
Se este Ivan Monteiro prima pela sua posição, como carreirista na Petrobrás, caro Kennedy, não deveria aceitar tal posição, nem como interino; esta indo contra a recuperação da empresa; por um presidente que FALTOU COM A PALAVRA; pior, esperou uma entrevista, ao jornal da casa, para confirmar a fragilidade do Pedro parente, neste governo; tudo isso, por obra e graça na politicagem do Moreira franco, SUMIU DURANTE A CRISE, uma raposa velhaca, casado com a sogra do Maia, que não Honra seu Estado, dependente da melhora na Petrobras…Nem o Maia acreditou na atitude bisonha deste governo mambembe…NÃO se pode aliar interesses caseiros, a politicas empregadas nas commodities… esta é a maior prova, que o temer esta perdido, seguindo um bando de interesseiros, que deveriam primar pelo governo em primeiro lugar…não há interesse em aliar de fato os preços; neste caso o parente estava incomodando os desmando na Petrobras..
Patrimonialismo,clientelismo,etc,etc…
prezados: não sei se a política de preços da petrobrás está errada, mas não funciona desse jeito. Afetou profundamente a viabilidade do transporte rodoviário brasileiro, aliás a locomotiva de escoamento da produção. Esta categoria demonstrou que tem força e o governo foi obrigado a ceder. Outras caregorias só não param o país porque não têm força, mas p preço da gasolina está um absurdo. Cabe urgente uma reforma política e tributária. Isso tudo é resultado dos desmandos e incompetência da classe política do país. O Brasil é bom para quem trabalha no judiciário e no congresso – trabalham pouco e mal.
prezados: enquanto os caminhoneiros são exemplo de democracia, o juiz Gilmar Mendes liberta os amigos corruptos e ca_ _ para os cidadãos brasileiros. O Brasil não tem mais jeito.
Com certeza essa politica de preços do Governo é Nefasta, mas um país do tamanho do Brasil tem que viabilizar formas mais econômicas de transporte de cargas, ferrovias e hidrovias, o problema é que isso não é da vontade do Capital
Prezado Kennedy, parece que o ser humano já não tem valor nenhum. Só se fala de mercado, o que o mercado quer, exige, etc. Coisa abstrata que as pessoas adoram citar. Ora, o tal mercado, como bancos, não tem pátria, não tem sentimento, não tem família, não tem pudor e nem ética. Pouco importa que o tal mercado muitas vezes é utilizado por especuladores, prejudicando milhões de pessoas, tal a ganância pela acumulação de riqueza. Falta mais respeito à dignidade do ser humano.