Obama tenta fazer história com Irã
1Com razão, tem sido dado crédito ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, nas articulações para tentar evitar um ataque dos Estados Unidos à Síria sem o aval do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Parece que Putin deu um nó em Barack Obama.
Não é bem assim. Obama conseguiu evitar, por ora, uma nova guerra americana. Manteve a retórica dura, com ameaça de ataque, mas soube deixar aberto um canal de diálogo. A resolução da ONU sobre as armas químicas foi aprovada. Agora, Bashar al-Assad tem de entregar o prometido.
Resumindo: no imbróglio sírio, o presidente dos EUA vai acumulando crédito para o provável fracasso de uma ação concreta da ONU para acabar com o arsenal químico do ditador e colocar fim à guerra civil no país. Lá na frente, poderá atacar dizendo que, ao contrário de George W. Bush, deu todas as chances a uma saída diplomática. Não há dúvida de que, se Bush estivesse na Casa Branca, Damasco já estaria em chamas.
E agora é Obama quem parece estar dando um nó em Putin. O Irã tem sido uma zona de influência geopolítica dos russos. Teerã se comporta com certa autonomia em relação a Moscou, que está de olho no gás iraniano. Mas o fato é que, no Oriente Médio, o alinhamento do Irã é com a Rússia, enquanto os EUA jogam com Israel.
Mas, nos últimos dias, Washington obteve um avanço importante na região. Após 34 anos, Obama conseguiu reabrir um canal direto com o novo presidente do Irã, Hawan Rowhan, para tratar da delicada questão nuclear.
Os Estados Unidos não estão bem na foto com o Brasil. Tampouco Obama. Não é preciso lembrar o motivo. Mas é inegável que, com toda a supremacia militar, econômica e política americana no planeta, há acima do Rio Grande um político que dá um pouco mais de atenção aos outros países.
Não é pouca coisa. Obama vive um bom momento. Em relação à Síria, tem sabido se conduzir com equilíbrio no melhor morde e assopra da diplomacia. Se render frutos, a distensão com o Irã deverá ser lembrada como um dos maiores feitos históricos dos seus dois mandatos.
Kennedy, acho que vc esta equivocado. O que tanto a Russia, quanto o Ira e China estao fazendo e tentando escaziar a retorica de guerra do Ocidente. Por fatos historicos esta retorica e essencial para a contrucao de estrategia e politicas de estado-nacao desde o seculo XVI. Toda o desenvolvimento e montagem de estrategia dos paises avancados se dao justamente ligados a politicas de expansao militar financeira (tanto nos estados imperiais europeus, quanto no proprio surgimento e desenvolvimento dos EUA).
Portanto, se houver Paz e acordo com o Ira, muito da base de desenvolvimento destes paises se esvazia. E necessario se perceber que toda esta ideia e o que alavanca o desenvolvento tecnologico e politico Anglo Americana. E observe que no fim muitos interesses comerciais e finaceiros usam do aparelhamento do estado Anglo americano justamente para buscar os seus interesses. Exemplos na historia nao faltam, tais e desde eventos como as guerras no Iraque ate a espionagem atraves da internet que se seconde atras do perigo ‘maximizado’ do terrorismo (veja a conta financeira e humana do 11 de setembro em relacao a guerras no Afeganistao e Iraque e se surpreendera).
Portanto, a nao guerra e contraria a logica do proprio pensamento Anglo americano de desenvolvimento (e so observar a capa da Economist em relacao a historia).