‘Pacote de Moro torna sistema prisional bomba da vez’
Kennedy Alencar
BRASÍLIA
A socióloga Camila Nunes Dias avalia que “não é eficiente e não vai produzir impacto especificamente no funcionamento do PCC” a decisão de transferir 22 condenados de penitenciárias paulistas para presídios federais de segurança máxima.
A transferência de presos dessa organização criminosa vinha sendo discutida pelo atual governador de São Paulo, João Doria, e o ministro Sergio Moro (Justiça) desde o tempo da transição dos governos federal e paulista. Doria conversou diretamente com o presidente Jair Bolsonaro a respeito do tema.
Camila considera que essa medida não deve provocar alteração significativa no funcionamento do PCC (Primeiro Comando da Capital), porque a organização tem uma dinâmica que não depende do preso. Para ela, a possibilidade concreta de transferências desde o ano passado teria dado tempo para esses presos se reorganizarem em caso de mudança de presídio. O Ministério Público pedia o deslocamento de detentos. A Justiça assim determinou no final de 2018.
Professora da Universidade Federal do ABC Paulista, Camila é pesquisadora do Núcleo de Estudos da Violência da USP e autora do livro “PCC: Hegemonia nas Prisões e Monopólio da Violência”. Em entrevista ao “Jornal da CBN – 2ª Edição”, ela afirma que as transferências não foram feitas em 2018 por causa do “momento eleitoral”.
Segundo a socióloga, esses deslocamentos acontecem na hora em que Moro apresenta um pacote anticrime com “pontos polêmicos ou muito problemáticos”. Camila diz que esse pacote “torna o sistema prisional a bomba da vez”, serve de estímulo à letalidade policial e agravará ainda mais o problema da segurança pública no Brasil. “Não chegamos a esse ponto por excesso de direitos do presos, mas por ausência deles.”
Ouça a entrevista:
Sou Sidney, membro do Comitê de Combate a Tortura do Estado de Rondônia, concordo em parte com a Professora, em Rondônia, temos uma bomba relógio em dois presídios, o “Urso Branco” e o 470, temos conhecimento de facções nestas unidades, estamos na fronteira com a Bolívia, um corredor do tráfico de drogas. Vamos esperar para ver, pois me parece, que o Ministro Sérgio Moro, está apostando em manuais, normas, rotinas, procedimentos,disciplina e leis mais duras, esquecendo da dinâmica das facções, fora dos estabelecimentos prisionais federais.Hoje no Estado de Rondônia, existe uma intervenção da PM, nos presídios e mobilizações dos agentes penitenciários em todo o Estado. Repito , em Rondônia estamos sentados em um barril de pólvora.
Ainda bem que pessoas que defendem a sociedade chegaram ao poder.
Chega de gente que adora defender bandido, direta ou indiretamente.
vale a pena caro Sergio, e Kennedy, desconstruir esta “bomba relógio” em nosso País, é imprescindível; defender bandidos, não pode ser uma opção; a multidão carcerária, se caracteriza, por tantas benesses e tolerância do poder público; nosso sistema esta cada vez mais a cara dos delinquentes, sejam lá, qual o tamanho da periculosidade; o sistema que pagamos regiamente para nos proteger, usam dois argumentos inconsequentes, e sem senso: precisam libertar por prisões cheias, quando os meliantes tem ficha corrida reincidente, e constante; outra condição, são as benefícios, extensivo aos familiares, com ganhos, visitas intimas, apoio das facções; conivência do poder público; não tem qualquer sanidade, nossa “lógica absurda, e débil; as defesas internacionais, não protegem nosso País e as família, que lutam para ganhar um salário…não tem qualquer direito previsto, vejam Brumadinho, como exemplo a parte; reincidência prevista, e o Povo….
Besteira… esse pessoal cheio de teorias holísticas e defensores de direitos humanos não consegue entender que o problema é imediato. Ajuste nos direitos dos detentos deve ser feito, sim, mas é uma ação de médio prazo. De ontem para hoje deve ter morrido gente pelas mãos de bandidos comandados por mafiosos, como o Beiramar, de dentro da cadeia mandando recados pelos advogados e familiares. Cadê os direitos fundamentais desses aí que morreram? Quantos ainda tem que morrer? O Estado deve impor-se e caso precise pela força porque é seu papel manter a ordem. Para isso detém o monopólio da violência (polícias e forças armadas). Passou a fase do diálogo. Nos EUA na década de 80 as coisas foram para um patamar tolerável depois de uma política de tolerância zero. Quer modelo melhor?
Kennedy, a medida quer o Dória tomou ontem, em enviar os periculosos, a prisões federais…em nenhum momento, os governos das grandes capitais, teve peito para tal…bandidos, devem ser alijados de certos “direitos”, não podem ter espaço, com excessos de benefícios; prisões progressão, mediante a trabalho árduos, sem visitas, sem saidinhas em feriados; sabem que a maioria não volta…Temos que tirar o gaz dos criminosos, não podem ter advogados, que ganham para o leva e trás, de informações…tudo é uma questão de adequação…a partir dos ajustes proposto, mais a melhora no país, a malandragem diminui, vertiginosamente…O crime não pode compensar…
Apesar de chamarmos de cúpula, o PCC é descentralizado. É burra essa estratégia de ficar apenas no isolamento dos líderes de fortificação da PM na rua. Esses líderes já eram isolados.
É preciso aparelhar a Polícia Civil, para que possa remover da rua quem ainda lidera e estrutura.