Políticas de segurança pública de SP e Rio estão no caminho errado
Kennedy Alencar
BRASÍLIA
Diante da repercussão negativa sobre a tragédia em Paraisópolis, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), teve de rever o discurso de apoio à linha dura da Polícia Militar paulista. É bom que ele mude o protocolo de atendimento à população, sobretudo nas periferias.
Os vídeos e os relatos dos moradores mostram que PMs agiram de forma abusiva e violenta na favela de Paraisópolis no domingo de madrugada _nove jovens morreram. Numa linha mais light do que Jair Bolsonaro e Wilson Witzel, João Doria tem defendido uma ação violenta da polícia. Esse caminho está errado.
A letalidade da PM paulista deve crescer neste ano, a exemplo do que acontece com a PM fluminense. As maiores vítimas dessa política de segurança que prega a barbárie são os pobres, negros e favelados. O que aconteceu em Paraisópolis não é exceção. A violência policial é a regra no Brasil.
Ouça este comentário a partir dos 6 minutos e 56 segundos no áudio abaixo:
Kennedy, todos sabemos o projeto políticos dos governadores do RIO e SP, chegam a contrariar na relação com o presidente, traindo diariamente o Bolsonaro com jogadas inconsistente. O Brasil não pode ser Rota de drogas, não pode ter impunidades a crimes do colarinho branco, quem apostar neste caminho, estará fadado ao fracasso; não podemos ter espaços nos estados, onde o crime organizado não permite a entrada da polícia, não devem dar moleza, punir os excessos, não significa dar mole a “pancadões” sem lei e ordem, antro de marginais em formação. Este País ainda será um Paraiso ao turista e a sociedade como um todo. Precisamos valorizar a polícia, não marginaliza lá…
Defendendo massacres de pessoas por polícias despreparadas e mal treinadas? Saudades dos policiais civis com suas fardas azuis e o respeito que a população tinha por eles. Daqui a pouco o cidadão comum (não esta elite poderosa e rica e que mete o pau no Brasil e idolatram outros países), vai ter que se armar para se defender da própria polícia. Não é este o caminho não. O que ocorreu em Paraisópolis é apenas uma das atrocidades provocadas por policiais no Brasil. Se o evento fosse tipo Lollapalooza (organizado por quem tem muita “grana” e por tv’s), a polícia lá estaria para dar toda a proteção ao ser humano. Porém jovens e pobres que não podem pagar não são seres humanos, e eram mais de 5000. É triste porque a população precisa e deveria confiar nesta mesma polícia. E tem, sim, muitos policiais competentes e equilibrados. Não estas turbas carregadas de ódio e sedentas por matar (aliás o incentivo vem de cima,não é mesmo?). A vida é uma dádiva e a polícia tem muito que melhorar.
Muito boa sua posição Antonio. Ponderada e firme. Esse também é o meu entendimento.