PSDB e PMDB perdem mais em nova fase da Lava Jato
KENNEDY ALENCAR
SÃO PAULO
A nova fase da Lava Jato está apenas começando e já caiu como uma bomba no meio político. A lista de Fachin atinge os principais partidos. Mostra uma corrupção multipartidária. A Lava Jato entra numa nova fase, na qual fere quase todo o sistema político, que, com o tempo, vai tentar encontrar forças para reagir contra a operação.
No entanto, mais de um terço do Senado estará sob investigação. Quase um terço do ministério de Temer responderá a inquéritos no Supremo. Carreiras políticas deverão ser enterradas. Há potencial para paralisar o Congresso e ameaçar o plano de reformas trabalhista e previdenciária do governo Temer.
No fim da tarde, o presidente Michel Temer disse a interlocutores que será preciso aguardar os desdobramentos das acusações específicas contra seus ministros e os principais aliados no Congresso, como os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira.
Como muitos políticos são atingidos numa tacada só, haverá uma tentativa dos ministros de se segurar nos cargos, apesar do desgaste que o fim do sigilo provocará.
Obviamente, essa nova fase da Lava Jato tirará força do governo e dificultará ainda mais a votação de medidas no Congresso. O maior desafio do presidente será evitar a paralisia da sua administração e também das votações na Câmara e no Senado. E isso vai depender de quais políticos resistirão a essa primeira bateria de acusações agora que elas são públicas e detalhadas.
Neste momento, perdem mais o PMDB e o PSDB, porque são os dois principais partidos que apoiam o governo Temer.
Dois tucanos que tinham planos presidenciais para 2018, os senadores Aécio Neves e José Serra, responderão a graves acusações de corrupção. Além de três governadores investigados no Supremo, outros comandantes de Estados, como o tucano Geraldo Alckmin, de São Paulo, enfrentarão investigações no STJ, o Superior Tribunal de Justiça.
O sistema político tradicional sofre como um todo, mas quem está no governo tem mais a perder. Os ex-presidentes Lula e Dilma ainda vão penar muito com revelações das delações da Odebrech. Mas o PT já saiu do poder. Agora, caciques petistas dizem que o partido não pode mais ser acusado de pai da corrupção no Brasil.
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Risco federal
O principal desafio do Supremo Tribunal Federal será evitar a impunidade. Essa leva de políticos investigados supera de longe o julgamento do mensalão, que demorou sete anos para terminar entre a denúncia em 2007 e a apreciação final dos recursos em 2014.
No mensalão, o Supremo julgou 37 réus. A lista de Fachin tem potenciais 108 réus. Já há processos em andamento da primeira lista de Janot, que é de 2015. E novas delações ainda serão fechadas.
Se não agir com rapidez, o Supremo cairá numa armadilha, que trará risco de impunidade por não julgar a tempo de que as punições sejam válidas. Mas o Supremo não pode virar um tribunal exclusivo da Lava Jato, porque tem outros temas importantes para julgar. Logo, o desafio será grande.
Assista à primeira entrada no “SBT Brasil”:
Assista à segunda participação no “SBT Brasil”:
Ouça o comentário feito no fim da tarde na rádio CBN:
Esperamos que o STF tenha a mesma rapidez que vem apresentando no julgamento de coisas que interessa ao governo Temer, no julgamento do processo da lava-jato. O que fez e disse a ministra Carmem Lúcia no caso da proibição da propaganda fascista do governo federal da reforma da previdência ( o governo foi no inferno pedir a ajuda de Goebbels) , demonstra o que podemos esperar dela e de seus ministros. Enclausurados em seus egos, cegos em suas vaidades, vivendo em seus aposentos luxuosos e suntuosos, cercados por serviçais e na companhia de amigos endinheirados, os ministros não estão preocupados com os direitos daqueles mais humildes, alias não parecem mais julgar com o direito, mas com a conveniência política.
Caro Andre todas as verdades dos pobres mortais brasileiros, não interessam a mínima, a estes nomeados por amigos, que é o supremo do nosso País; servem aos seus senhores, basta verificar a diferença por exemplo, nas condenações do Moro em seus prazos mínimos com relação as não condenações no Supremo, chega a ser repugnante, o suposto capricho.
Caro Kennedy, quem realmente perde com toda esta sujeira, não são os partidos; são os cidadãos de bem, que seguiu a tendência, acreditando numa democracia fajuta, que vem nos enganando a muito tempo, e se intensificou a partir de 2006, segundo os volumes desviados, a partir da eleição do PT…o PMDB e PSDB, foram coniventes por tabela, já que surgiram mais espaço, com a liberalidade desde então…o que o País deve fazer, para eliminar esta corriola, independente da LEI…estamos atônitos com tanta roubalheira, e nossa esperança, alem da justiça, é o voto em 2018, quando de fato poderemos fazer o máximo, acabando com tantos ladrões do erário púb
Só os idiotas e os bandidos travestidos de políticos diziam que saindo a quadrilha do PT do governo, o país ficaria bem. Mas qualquer cidadão razoavelmente bem informado e o com o mínimo de vergonha na cara sabia que estava saindo uma quadrilha e entrando outra! Apenas via no “impeachment” a forma mais rápida e legal de desmontar a terrível quadrilha do PT.
Por mais absurdo que fosse admitir sair a quadrilha do PT e entrar justamente a quadrilha do PMDB, aliada do PT durante os 13 anos de desgoverno e corrupção institucionalizada no país, era o único jeito – quer dizer, o melhor jeito sem que fosse necessário apelar para o povo irado nas ruas, ou a interferência dos militares. A confiança estava na “LAVA JATO”! E não erraram os que confiaram nela, porque é ela que está passando o país a limpo. Continuemos a apoiar a Lava Jato, os heróicos “Sergios Moros e Delanhois” do Brasil, e torçamos para que o STF se transforme num colegiado de “Fachins e Carmens Lúcias”, para o bem do Brasil!
Você foi um que defendeu o impeachment. A segunda quadrilha chegou lá graças à você. Dá próxima vez, peça eleições diretas. E não esqueça que os “Sergios Moros e Delanhois” gostam de jantar com os indiciados da lista do Fachin.
Os empresários eram mais “extorquidos, achacados” pelos políticos e governantes, do que propriamente “ofereciam” propinas para conseguir seus intentos. Todo mundo teme oferecer a um funcionário público vantagem ilegal, pois teme sofrer sanção criminal por tal ato. Isso, quando acontece, na maioria das vezes é por iniciativa do próprio agente público – impõe “dificuldades” para criar a situação. É quando os corruptos se abraçam.
A inércia do povo, o desleixo com o voto, permitiu às ratazanas dominarem o meio político, os governos, as empresas estatais etc. Os políticos que deveriam “servir”, se elegem para se servirem, até roubando os cofres públicos.
Não adianta tapar o sol com a peneira, temos que falar a verdade, esses vagabundos precisam ir para a cadeia, sem dó, doa a quem doer! Não podemos continuar trabalhando 5 meses do ano só para pagar os impostos que sustentam os ladrões de cofres públicos, disfarçados de “representantes do povo”!