Queda de 0,25 ponto percentual na Selic seria conservadora
Kennedy Alencar
BRASÍLIA
Ninguém no mercado financeiro, que é o maior beneficiado com os juros altos, acredita que o Banco Central manterá hoje a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25% ao ano. Há motivos de sobra para uma redução.
O tamanho da provável queda, se 0,25 ou se 0,5 ponto percentual, dirá muito sobre a visão do Banco Central a respeito do momento econômico. Apesar de o governo Temer ter aprovado medidas importantes, a recessão continua grave, os sinais de retomada do crescimento são contraditórios, a inflação está perdendo força e o desemprego cresceu muito.
Como a tendência é de aprovação do teto orçamentário na Câmara e no Senado para entrar em vigor a partir do ano que vem, seria importante reduzir os juros a fim de diminuir o peso dessa conta no orçamento real e também no crescimento da dívida pública.
Logo, o mais sensato seria uma redução maior, de 0,5 ponto percentual agora e outra do mesmo patamar em novembro. Uma opção diferente, com uma queda menor, poderá dar um banho de água fria nas forças produtivas, que já estão sofrendo bastante. Mais: seria uma atitude bastante conservadora do Copom (Comitê de Política Monetária), órgão do Banco Central que se reúne oito vezes por ano para definir a taxa Selic.
Caro Kennedy, como este assunto, tende a ser decididos por tabela, envolvendo os interesses dos banqueiros; muito provavelmente, será de 0,25% a queda; até os dito cujos, precisam da movimentação positiva do comercio e da industria; se for 0,5%,será o máximo”; demonstra otimismo…
O que realmente vai importar, será o viés de baixa; cria se uma disseminação positiva, no mercado nacional e internacional…
Infelizmente, já estamos nos “últimos” momentos do ano; se esta atitude,fosse tomada a dois meses atrás;enfim, vamos em frente.
Walter, ponto para você… como sempre lúcido e sensato !
Muito embora, quando se fala em “só” 0,25 de baixa, há de considerar os bilhoes e bilhoes envolvidos, mas entendo que 0,25 não represente muito frente os 14,25 atuais, tem o poder psicológico de informar um estado da economia, sinalizando que o trem que nos atropelava, distanciou-se 2 metros dos 1000 metros que ele pode recuar. Já é alguma coisa, não aumentar e sim regredir. Há de ter seu efeito prático e mais do que isso injetar mais ânimo nas pessoas.
Sensato o comentário do sr Walter quanto a importância do “viés de baixa”.Se 0,5 ou 0,25 não passa de palpite.
Eu sou meio leigo nesse assunto, mas o seu post me ajudou muito a entender toda essa discussão, obrigado!
Amei, exatamente o que procurava, obrigada!