Sarampo e poliomielite ameaçam Brasil do século 21
KENNEDY ALENCAR
SÃO PAULO
O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Fernando Spilki, diz que a ameaça de surgimento de doenças já consideradas erradicadas no Brasil deveria “ser coisa do passado”. Ele deu entrevista ao “Jornal da CBN – 2ª Edição” a respeito do risco que o sarampo e a poliomielite são para o Brasil do século 21.
Spilki afirma que há retrocesso civilizatório e que o governo, a sociedade e os pais têm de se conscientizar da importância da vacinação infantil. Ele diz que “fake news” são responsáveis por uma parte da resistência de pais a levar os filhos para serem protegidos. O médico recomenda mais campanhas oficiais de informação sobre os benefícios das vacinas.
Ouça a entrevista concedida hoje por volta das 18h35:
Kennedy, o governo não sabe como alcançar o Povo, nestas campanhas…lembro me do Zé gotinha, que fazia o maior sucesso entre as crianças; esta faltando veiculações, incluindo a internet, com este tipo de apelo; provoca os País, ás cobranças dos filhos; tenho certeza, seria bem melhor para os governos; chama mais atenção, que os comerciais de realizações, um gasto inútil, que não causa qualquer beneficio a ninguém; salvo as agencias publicitárias…os fake news passou a ser a grande desculpa, destes incompetentes e insensíveis; estamos passando pelo pior dos mundos; não estão se comunicando com o Povo de fato; usam desculpas esfarrapadas, em todos os níveis…
Parabéns, Kennedy. Seus comentários, análises e entrevistas são ótimos! Ouvi o Spilki ontem e ele tem toda razão! é um retrocesso. Além do que é contra lei não vacinar os filhos. Está no estatuto da criança e do adolescente, artigo 14 parágrafo 1. A penalidade está descrita no artigo 249. As fake news, os grupos anti-vacinas (que em geral estão na classe média/alta) e a falta de convívio com várias doenças (ainda bem! e graças às vacinas!) estão por trás da redução da cobertura vacinal. Ainda vejo como muito importante aumentar a pressão e o esclarecimento das mães/pais por parte dos pediatras e dos trabalhadores na área da atenção primária à saúde. Mesmo os profissionais novos que nunca atenderam casos de polio, sarampo, rubéola etc, precisam ser mais incisivos quanto à importância de aderir ao calendário vacinal. Estamos voltando às taxas de vacinação dos anos 80! as pessoas acreditam em 5 minutos de internet e ignoram 200 anos de pesquisa! abraços