STF não corrige abusos de poder do MP com mais abusos de poder
Kennedy Alencar
BRASÍLIA
O recuo do presidente do STF, Dias Toffoli, é bem-vindo. Ele desistiu de pedir ao antigo Coaf relatórios detalhados de movimentação financeira de quase 600 mil pessoas físicas e jurídicas. Uma baita devassa.
A pressão da opinião pública e o temor de sofrer contestação no julgamento de amanhã no Supremo Tribunal Federal contribuíram para o recuo. Mas o presidente da corte manteve com ele acesso a documentos da Receita Federal.
É preciso justificar melhor esse interesse. Ao pedir dados sigilosos de 600 mil pessoas jurídicas e físicas, houve um claro abuso de poder. O mesmo vale para o arquivo da Receita Federal. É necessário apontar as razões para olhar os dados de uma pessoa apenas.
Se Toffoli quer combater abusos de poder da Lava Jato e do Ministério Público, não será a partir de novos abusos cometidos como presidente da mais alta corte de Justiça do Brasil. Um erro não justifica o outro.
Amanhã, quando o Supremo analisar o alcance das atribuições do Coaf, será uma boa oportunidade para um debate a respeito dos limites do Supremo Tribunal Federal. O Supremo pode muito, mas não pode tudo. Tampouco um ministro da corte.
Ouça esse comentário no áudio abaixo:
Kennedy, como perdoar tantos abusos de poder calculados pelo Toffoli; planejados a meses, tudo isto pode ser detectado, este suposto recuo é blefe, sua intenção esta apenas na primeira etapa; enquanto este cidadão estiver a frente do supremo, teremos emboscadas, se o Senado não submeter seu impeachment ao plenário, a PEC não vai avançar mas podemos esperar novidades. A Lava Toga estas nas mãos do Alcolumbre, um delinquente presidindo o senado, acobertado pela ministra rosa Weber por arquivos, este sujeito é grileiro de terra sem punição. A suprema corte deve ter limites, não pode tudo como o Gilmar pensa; precisamos de punições exemplares, pelo menos com aposentadoria compulsória. Devem julgar por exemplo, o Lewandowsk no caso dilma.