Trump abre espaço para Brasil na Ásia e América Latina
KENNEDY ALENCAR
BRASÍLIA
O presidente Michel Temer foi aconselhado a aproveitar o distanciamento que Donal Trump promete levar adiante em relação à China e ao México e buscar entendimentos diretamente com esses dois países. O protecionismo comercial e industrial do presidente eleito dos Estados Unidos abre uma oportunidade para o Brasil ampliar suas relações comerciais e políticas na Ásia e América Latina.
Trump anunciou que os EUA deixarão o TPP (Tratado de Parceria Transpacífico), acordo assinado por Barack Obama com 11 países da Ásia e da América Latina.
Com o fracasso do TPP, abre-se um espaço para o Brasil buscar maiores parcerias com outros países da América Latina que estavam no tratado, como o México, o Peru e o Chile, mas também em relação a outros países da Ásia _não somente em relação à China.
Em vez de ficar com a fixação de implodir o Mercosul, desejo equivocado do ministro das Relações Exteriores, José Serra, o Brasil deveria procurar aproximar esse bloco da Ásia e de países da América Latina que sofrerão com as políticas protecionistas prometidas por Trump.
Na América Latina, o Brasil tem peso geopolítico para ser um dos líderes. Em relação à Ásia, já existe com a China uma parceria crescente que deve ser estimulada.
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Combinar com os russos
O Palácio do Planalto trabalhará para que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República não recomende a demissão de Geddel Vieira Lima, mas faça uma sugestão de advertência.
Se houver sugestão de demissão, o presidente Michel Temer voltará a medir o custo e o benefício de acatar a medida. Obviamente, o desgaste de manter o ministro seria ainda maior.
O presidente estava disposto a sofrer desgaste para socorrer Geddel. Foi o que aconteceu, mas a situação não é considerada resolvida. Será preciso combinar com os russos da Comissão de Ética, digamos assim.
Uma longa relação de confiança e amizade e a avaliação de que a saída poderia gerar um problema ainda maior para o governo foram os fatores principais para o presidente segurar Geddel no cargo. O ministro é amigo do presidente, que confia nele.
Invocou-se também o argumento de que, ainda que o ministro tenha feito pressão, prevaleceu a decisão técnica defendida pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero no caso do empreendimento imobiliário na Bahia. Esse ponto será destacado na defesa do ministro perante a Comissão de Ética Pública.
Mesmo assim, é uma defesa frágil, porque não elimina o principal. O ministro misturou público e privado. Se Calero não estivesse disposto a reagir e quisesse continuar no posto de ministro, talvez o desfecho tivesse sido outro. A saída de Calero aconteceu porque ele bancou uma posição que contrariava o interesse de um dos ministros mais poderosos do governo.
Ouça o comentário no “Jornal da CBN”:
Implodir o Mercosul não é apenas um desejo, é uma realidade… Já implodiu !! É um bloco de conveniência dos vizinhos fracassados que só atrasou a pauta de exportações do país. Passou da hora de termos uma força-tarefa de empresários + governo a fazer acordos com a Ásia e hemisfério norte e deixar de carregar governos corruptos, ditaduras bolivarianas e cocaleiros.
Cara Maria Aparecida,além de tudo isso; discórdia entre os aliados e escolhidos do Sr Temer, estamos atrasados com o direcionamento do País, a dilma já seguiu, já sabemos o tamanho do problema; O Geddel, e outros, incluindo o Serra, estão comprometidos, o Temer “deve salva os dedos, não os anéis”…esta claro, que estão carregando um tabuleiro de xadrez o tempo inteiro; esta dependência do Temer, em saber o que o lula e o FHC pensam, não interessa aos brasileiros, suas ações, devem ser pontuais.O País em primeiro Lugar!!!
Quanto a parceiros, esta claro que conquistaremos novos Importadores, incluindo China, México,e outros; com maiores demandas,a pergunta que fica:teremos condições p/ atende los?
então a senhora está de acordo com a politica de Serra?!? dane-se Mercosul, BRICS, China . . . vamo virar colonia dos EUA que é melhor, é isso?!?
Antes de golpistas brincarem de governo, já tínhamos uma política externa acertada – fortalecimento do MERCOSUL e BRICS. O Brasil não é mais uma nação para ficar à sombra dos EUA. Os anos 90 já foram.
Certamente problemas visuais idelógicos.
Mercosul, temos mesmo que sair dessa porcaria que não traz nenhum benefício para nós. Vamos buscar aproximação com quem pode nos beneficiar e não apenas sugar.
É de rir ver a defesa dos golpistas às posições de geddel.
Espero que o dólar abaixe com isso, que saudades do dólar a 2 reais, meu Deus
Hoje em dia estamos comemorando dólar a 3 reais